Vamos falar mais um pouquinho sobre algumas coisas deste belo país, Portugal!
Dentre muitas coisas fantásticas para se conhecer em Portugal, em especial para aqueles que gostam de história, estão os Castelos! Nunca é demais lembrar que Portugal sempre foi um país de grande história de lutas, conquistas e descobrimentos, sendo juntamente com a Espanha na altura medieval um dos países mais influentes neste sentido. E, como em Portugal temos muitos castelos e muitas histórias, vamos conhecer aqueles mais influentes ou com algumas características e curiosidades interessantes. Esta semana começamos com o Castelo da Vila de Melgaço. Este belo castelo de grande história sustentada nos séculos por contos e lendas em que a verdade histórica impera como fato real, parece desafiar o tempo e a eternidade do alto de suas muralhas e torres! Foi o mais antigo guardião de Portugal ali na região onde as águas do Minho correm a oeste-sudoeste e terminam no mar. A respeito do passado deste local, nada com precisão se sabe e é já como terra portuguesa que a povoação documentadamente, entra na história. O primeiro elemento desta documentação em ordem cronológica, é o diploma pelo qual D. Afonso Henriques, concedeu aos moradores de Melgaço organização fronteiriça idêntica a da galega Ribadávia, como eles próprios tinham sugerido. Esta concessão, dita de 1181, data inscrita nos registros, mas na verdade, deve ser considerada com maior precisão de acordo com o Profº Rui de Azevedo, o ano de 1183, devido a um erro de transcrição.
A povoação estava dotada de comunicações rodoviárias, incluindo a transposição do rio, cuja existência é de algum modo confirmada por fatos posteriores, tais como o de fazer-se em 1361, obrigatoriamente por Melgaço, o trânsito entre Portugal e a Galiza, ou de ter sido em 1492, aquela vila um dos únicos cinco lugares de fronteira portuguesa facultados para ingresso dos judeus expulsos da Espanha. Em 1212, esate castelo veio a ser um dos que sofreram com a invasão leonesa integrada na luta empreendida pelas filhas do segundo monarca português contra D. Afonso II, irmão do 1º rei, porém um quarto de século depois, já estava o castelo restaurado a monarquia, pois D. Sancho II, deixou a cargo do Concelho a nomeação do Alcaide, regalia que D. Afonso III, ao conceder a Vila em 1258, um segundo foral, reinvidicou novamente para a Coroa, num ato que simultaneamente revela interesse pela defesa da terra, interesse que veio a comungar seu filho, D. Dinis, monarca construtor e reconstrutor de castelos e muralhas citadinas, ao qual se atribui a fundação desta de Melgaço.
Ao findar o século XVI, este conjunto militar, testemunhado em nossos dias pelo que dele resta, estava integralmente de pé, constituindo-o no muralhamento da vila além do castelo com sua torre de menagem e a grande muralha que cerca todo o terreiro.
Nos séculos subsequentes, estas fortificações estiveram ainda em armas sempre que a integridade da terra portuguesa foi ameaçada, mas por fim a ação do tempo e o abandono, pouco a pouco fizeram sentir a sua maléfica ação!
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