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domingo, 5 de dezembro de 2010

SANTIAGO DO CACÉM!

Bom dia, Boa tarde, Boa noite...
No inicio de mais uma semana de informações, vamos falar novamente sobre um pouco da história de Portugal e, como temos feito nos últimos domingos, é impossível falar da história deste país, sem mencionar os seus magníficos Castelos. E hoje, vamos falar um pouquinho de um dos meus preferidos: O Castelo de Santiago do Cacém...

Este castelo, situado no Alentejo, localiza-se na Cidade, Freguesia e Concelho de mesmo nome, no Distrito de Setúbal. Em posição dominante sobre uma modesta colina, vizinha à orla Atlântica e ao porto de Sines, controlava a planície vizinha. As escavações realizadas no seu território na atualidade, revelam as remotas origens dos vestígios de ocupação humana na região, desde o Paleolítico, passando pelo Neolítico, até ao período da conquista romana, ao qual remontam as ruínas de Mirógroba, numa comprovação de adequação dos seus terrenos à prática agro-pecuária. O antigo povoado de Santiago do Cacém, terá entrado então num longo processo de declínio, por volta do Século IV d.c. até a chegada dos Mouros em 712. Passou a ser então conhecido por Cacém, denominação eventualmente atribuída a partir do nome do seu governador árabe, Kassen, ainda que uma lenda local a atribua a nobre aportada do mediterrâneo oriental que, após matar Kassen e conquistar o Castelo no dia de Santiago, o batizou de Santiago de Kassen.
Independentemente destas considerações, os mouros ergueram um Castelo na povoação tomada pelos Templários em 1157, para ser perdida em 1185 e recuperada logo no ano seguinte, pela Ordem de Santiago da Espada (ou dos Espatários), que a receberam por doação régia, formando-se assim, a designação pelo qual passou a ser conhecida: Santiago do Cacém. O que não impediu que fosse retomada pelo Califado Almóada em 1191, até que em 1217, passou em definitivo, para a posse dos "cristãos", reafirmando D. Afonso II (1185-1223) a doação efetuado por seu pai à Ordem dos Espatários. Mais de um século depois, o Castelo propriamente dito, encontrava-se na posse da princesa D. Vetácia, próxima da Rainha Santa Isabel, regressando à Ordem com a morte da proprietária, até que Filipe II (1578-1621) o doou aos Duques de Aveiro, em 1594, transferindo-se para a Coroa em 1759, numa altura em que se encontrava já bastante danificado.

Uma situação agravada pela destruição parcial da muralha provocada pela construção da igreja Matriz, no século XIII, assim como pela utilização de seu recinto interno como cemitério da Vila a partir do século XIX. Este exemplar da Castelologia portuguesa, desenvolve-se num paralelogramo de 190 metros de cumprimento, exibindo dez torres e cubelos rasgados por seteiras e caminho de ronda, conservada ainda na sua quase totalidade, caracteristicas que lhe valeram, a par das "memórias" que encerra e simboliza, a sua inclusão no primeiro documento português de classificação de estruturas antigas como "monumento nacionais" publicados em 1910! Digo sinceramente, não só por ter pisado neste histórico solo, VALE MESMO A PENA CONHECÊ-LO!!!!

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