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terça-feira, 6 de abril de 2010

POETICAMENTE FALANDO...

RAZÃO

Templos, salões, igrejas, crenças

Negro, mulher, índio, criança

Medo, anseio, alegria, esperança

Traição, desejo, matança, desconfiança

Intolerância, desculpa, dia comemorativo, festança

Nojo, ânsia, aversão, repugnância

Fito perplexo, miro sem nexo

A volta, o revelo, a saga, o convexo

Tanta bobagem, palavra, alarde

Pura doença, demência, clemência

Sublime ignorância, falsa modéstia, arrogância

Escassez, frigidez, morte e a peste... perdura

Se mistura ao acaso, desuso, luxúria

A mente sã, sabedoria ou divã

Não me faz coeso, tampouco aceso o meu clã

Por ver o clamor, o odor, o horror

Desdenhando-se, propagando-se, aumentando-se

Seria sábio, mago ou guru

Se algum geito achasse, promessa jurasse, notícia fizesse

Talvez, uma prece, uma vela acendesse, comer não quisesse

Não! Pura decepção, amarga conclusão, real ponderação

Estou diminuto, amarrado, resoluto, sem ação

Me encontro com medo, preso ao segredo da percepção

Quisera sair deste mundo e encontrar lá no fundo,

O afã da Razão!

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